15 julho 2007

Vinci GT: o Prozé para ricos

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Provavelmente nunca ouviu falar (ou se ouviu já não se lembra) do "1º carro português" (até lhe poderíamos chamar de 1º TugaCar) de nome PROZÉ. Gostaria até de lhe mostrar uma imagem, mas as buscas na net foram infrutíferas. Por isso vou-lhe falar apenas do 2º TugaCar: o VinciGT.

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Estão mais uma vez reunidas as condições ideais para se obter um rotundo fracasso: cada bólide (dos 100 que serão produzidos) saído do "Auto Museu da Maia" (Nome giro para fábrica de automóveis!) ficará entre os 200.000 e os 300.000 euros. Mas nem acho este o maior problema com que a viatura se depara (nem este, nem o facto de apenas ter conseguido ir da Maia até Matosinhos, mas de Matosinhos não ter passado).
Segundo os seus mentores, "A Vinci é uma marca que quer apostar em automóveis de nicho e muito personalizados em termos de construção" dirigindo-se a um nicho de mercado de gama alta.
Na verdade, a desenvolvermos produção automóvel própria (acho que a VW ainda não é portuguesa), a solução seria apostar não em carros prás massas mas sim em carros feitos à medida que incorporassem alta tecnologia associado à qualidade do trabalho artesanal. Carros para concorrerem com a RR ou, se desportivos, a Ferrari, Lotus ou Maseratti. Essa parte parece ter sido entendida (em termos de preço e de unidades a produzir tem algumas semelhanças). O que não foi entendido foi que para se fazer um carro desses não basta fazer um carro caro. É preciso fazer um carro que não seja uma cópia da soma dos outros e que demonstre carácter. E é isso que este não demonstra: tal como é de um mau gosto atroz falar da Veneza de Portugal (Aveiro) não me parece melhor apelidar o bicho de "Ferrari português". E para que ninguém o confunda com qq possível concorrente, ele nem é vermelho (o chamado vermelho vinci) nem nada!
Para terminar, e porque era apenas sobre isto que eu me tinha proposto a falar, a marca: Vinci (imagino que não terá na da a ver com a "broa dá vinci"). Segundo o dicionário quer dizer vence. Mas até nisto parecem pouco felizes: à falta de um nome de família italiana para cheirar a carro de corrida, foram buscar uma relação entre Leonardo da Vinci e a ideia de vencer, o que não me pareceria mal se não me fizesse lembrar o João que mal chega com uns cobre da África do Sul passa a ser o Joe ou aquela história que muitas vezes se repete nas nossas praias em Agosto: "Rien, Carla Vanessa, Rien! Nada, minha filha da piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, ou ainda te afogas!".
Tanta colagem (ainda por cima feita com cuspe) ao cavalinho rompante cria um automóvel sem alma e sem espírito que não só não atrairá nenhum fabricante de sapatos de Felgueiras, com não fará correr para cá nenhum Xeique Árabe ou novo rico Chinês, enterrando assim 15 milhões de euros.
Não é que eu perceba muito de carros, mas no entanto deixo uma palavra de esperança: se quiserem ofereço os meus serviços para encontrar uma marca (verbal e visual) para o carro. Já só vos falta arranjar quem o desenhe. Porque este já não tem solução.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu cá não gosto deste Prozé! Quero uma coisa caseirinha e em condições!! Isto cheira-me a pechincha da feiras de Espinho!!!!
(a do lado)

Anônimo disse...

não há q fazer??? os costas ao alto são a desgraça do nosso país...

Anônimo disse...

O Vinci não é nem nunca foi o segundo carro português... além de existirem desenas de carros feitos/montados em Portugal duarnte as décadas de 50 e 60 existe quer o UMM quer o SADO 550